Ted Talk-Fobias
- YorkStyle
- 11 de mar. de 2024
- 3 min de leitura
Muitos de nós quando pensamos em fobias pensamos no medo que temos quando expostos a certas coisas, por exemplo, vemos uma barata, mas uma fobia não é necessariamente isso. A palavra fobia significa
"medo" ou "terror". Mas existe uma diferença entre medo e fobia. O medo é a reação natural de nós humanos, uma sensação de alerta, que atua como sinalizador dos perigos a nossa volta. Já a fobia é essa sensação de medo de forma acentuada, excessiva e num grau que é desproporcional ao perigo real, que pode acontecer até mesmo antes da situação acontecer, causando graus de ansiedade muito elevados.
Uma fobia é, então, uma perturbação psicológica que provoca sintomas fisicos causada pelo medo sentido por determinado objeto ou situação e esta presente por mais de 6 meses. Este objeto ou situação é geralmente evitado quando possível, mas no caso de exposição a ansiedade que se segue desenvolve-se rapidamente e pode até chegar ao nível de ataques de pânico.
Aparentemente, as causas de muitas fobias ainda são desconhecidas no ambiente médico. Apesar disso, acredita-se que muitas estão relacionadas com fatores genéticos ou histórico familiar, mas também que têm uma ligação bastante direta com traumas e situações passadas.
Isso acontece porque a maioria dos problemas emocionais e comportamentais é desencadeada por dificuldades que a pessoa enfrentou ao longo da vida. E existem experiências que traumatizam e geram reações involuntárias e irracionais, que, ao longo do tempo, podem provocar sentimentos de angústia exagerada e evoluir para um quadro fóbico. Estes traumas são geralmente traumas de infância, mas também podem ser da adolescência ou vida adulta.
Apesar disto, criança pode aprender a ter medo e
consequentemente desencadear uma fobia. Esta aprendizagem pode tanto ser por observação, como por exemplo, se a mãe de uma criança tiver medo de baratas e sempre que as vir gritar, consequentemente a criança vai passar a ter a mesma reação e ganha um medo excessivo, inconsciente e desproporcional de baratas. Mas pode também ser por habituação, se uma criança se habituar que sempre que faz algo lhe causa dor ou medo pode possivelmente ganhar uma fobia a esse objeto ou situação.
Os sintomas das fobias vão depender muito do tipo de fobia que estamos a falar, mas algumas características são mais gerais e podem ser observadas como comuns a todos os indivíduos que apresentam fobias.
Estas são, por exemplo, o aumento da frequência cardíaca e dificuldade em respirar, sensação de pânico e de terror incontrolável, medo extremo e ódio irracional, incapacidade de controlar o medo mesmo sabendo que não existe risco real, necessidade de fuga e vontade de evitar pessoas, objetos e situações que lhe causam esse desconforto e sintomas físicos de ansiedade.
São várias as fobias existentes, mas as principais dividem-se em 3 grupos.
As fobias sociais, agorafobia e as fobias específicas, que são as mais comuns. As fobias sociais são aquelas que causam extrema ansiedade á pessoa em situações sociais ou públicas. Está relacionada com o medo de ser humilhada à frente dos outros e muitas vezes deve-se a sentimentos de inferioridade e baixa autoestima. A agorafobia é aquela que se transmite no medo de ficar sozinho em lugares públicos dos quais a pessoa sente que não é possível escapar. Como por exemplo, estar no meio do mar, a que se chama talassofobia, ou de estar num espaço fechado que é a claustrofobia que a maioria de nós conhece e provavelmente algum de vocês tem. E por fim, as fobias especificas que são a maior parte das fobias. Estas são fobias a determinadas situações, objetos e animais. Algumas fobias especificas: primeiro temos a zoofobia que é o medo de animais, temos a tripofobia que é o medo de buracos, nictofobia o medo do escuro, catsaridafobia que é o medo de baratas, acreofobia o medo de alturas, aracnofobia o medo de aranhas, cinofobia o medo de cães e por fim, coulrofobia que é o medo de palhaços.
Apesar de nem todas as fobias condicionarem a vida de quem as tem, estas se não forem tratadas a tempo, tem tendência para agravar e passar a condicionar cada vez mais a vida das pessoas. Por essa razão existem várias abordagens que se tomam. Sendo a mais usada a terapia de exposicão que é basicamente expor o paciente á situação, objeto ou animal que o transtorna. Os pacientes confrontam e mantêm-se em contato com o que temem até que a ansiedade diminua gradualmente pelo processo de habituação. Como a maioria dos pacientes sabe que seus medos são excessivos, embaraçosos e incapacitantes, geralmente estão dispostos a participar dessa terapia.
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